Quebrando o ciclo

Expectativa em ano eleitoral: candidatos novos, planos autruístas, seriedade, uma nova esperança. Decepções: mentiras, corrupção, egoísmo e descaso por quatro anos. Então, surge um novo candidato disposto a mudar tudo e o ciclo se fecha.

Mesmo que soe pessimista, a política no Brasil é uma merda novela cujo final todos já conhecem. Personagens mudam mas a história se repete. Sejam eles de direita ou de esquerda, continuam pertencendo às faces de uma mesma moeda.

O variado leque de candidatos e partidos só é oferecido para que o povo tenha a ilusão de que fará alguma diferença. Faria diferença se o eleitor soubesse opinar, ao invés de aceitar passivamente sujestões políticas da mídia. Faria diferença se não houvessem interesses individuais enquanto é preciso pensar no coletivo. Faria diferença se os políticos trabalhassem a favor do desenvolvimento de seu povo, e não o seu inverso!

Faria, mas não fará. Afinal, trata-se do Brasil: terra do conformismo, da impunidade. Onde aqueles que não se interessam por política aceitam insofismavelmente ser governados pelos poucos que se interessam.

Talvez o ciclo que se repete a cada eleição se quebre. Assim o voto possa fazer diferença no futuro da nação. Basta que cada eleitor faça a mais sensata das escolhas: abra mão de seu egoísmo e pense no bem de todos ao menos uma vez a cada dois anos.